Afinal, quanto custa — na prática — a parcela de um financiamento CAIXA para quem precisa de R$ 900 mil? A princípio, a resposta depende de quatro variáveis: indexador (TR, IPCA ou Poupança CAIXA), taxa de juros, prazo e sistema de amortização (SAC ou Price). Assim sendo, abaixo eu destrincho cada ponto, trago simulações comentadas e explico, ainda, como o uso do FGTS pode reduzir a prestação. Em seguida, você sai sabendo como estimar a sua parcela com precisão e, sobretudo, com segurança.
Como a CAIXA forma a parcela de financiamento
Em primeiro lugar, convém entender a composição da prestação. Em geral, a parcela mensal resulta de:
- Amortização (o quanto de fato abate do saldo devedor)
- Juros (calculados sobre o saldo atualizado pelo indexador escolhido)
- Seguros obrigatórios (MIP e DFI) e eventuais custos acessórios
Assim, o indexador (TR, IPCA ou Poupança CAIXA) atualiza o saldo; em seguida, a taxa de juros incide; por fim, a escolha entre SAC (parcela decrescente) ou Price (parcela constante) define a dinâmica ao longo do prazo.
Parâmetros de referência para as simulações
Antes de mais nada, lembre-se: as taxas efetivas variam por produto, relacionamento e perfil. Contudo, para exemplificar com um valor de R$ 900.000 e prazo de 420 meses, usaremos três hipóteses apenas para referência didática:
- Linha atrelada à TR com juros nominais de 10,99% a.a.
- Linha com taxa nominal de 10,00% a.a.
- Linha com taxa nominal de 11,50% a.a.
Observação: as simulações abaixo não incluem seguros e custos acessórios, pois variam por idade, perfil e imóvel.
Simulações comentadas (R$ 900 mil | 420 meses)
1) Sistema Price (parcela constante)
- Cenário A — 10,99% a.a. (≈ 0,9158% a.m.)
Parcela aproximada: R$ 8.426/mês. Assim, a constância ajuda no planejamento, embora parte maior da parcela seja juros no início.
(Fórmula: P×i / [1 − (1+i)^−n] com P=900.000; i=0,1099/12; n=420.) - Cenário B — 10,00% a.a. (≈ 0,8333% a.m.)
Parcela aproximada: R$ 7.737/mês. Logo, uma redução de 1 p.p. a.a. no juro corta a prestação em cerca de R$ 689. - Cenário C — 11,50% a.a. (≈ 0,9583% a.m.)
Parcela aproximada: R$ 8.785/mês. Em contraste com o cenário B, juros mais altos pressionam o valor mensal.
2) Sistema SAC (parcela decrescente)
- Amortização fixa: R$ 900.000 / 420 = R$ 2.142,86 por mês, invariável.
- Cenário A — 10,99% a.a.
Primeira parcela ≈ R$ 10.385 (juros iniciais ~R$ 8.242 + amortização R$ 2.142); depois, a prestação cai um pouco todo mês. - Cenário C — 11,50% a.a.
Primeira parcela ≈ R$ 10.768; entretanto, igualmente decrescente ao longo do tempo.
Em síntese: SAC começa mais pesado, porém reduz o custo total de juros; Price suaviza o início, mas acumula mais juros no final. Portanto, a escolha depende do seu fluxo de caixa no curto prazo versus economia no longo prazo.
Como o indexador mexe com a parcela
A princípio, TR costuma dar previsibilidade (TR historicamente baixa); IPCA faz a prestação oscilar conforme a inflação; já a Poupança CAIXA combina a remuneração da poupança (quando a Selic > 8,5% a.a., a regra é 0,5% a.m. + TR) com uma margem fixa do banco. Assim sendo, dois financiamentos com a mesma taxa nominal podem gerar trajetórias diferentes de saldo e parcela, a depender do indexador.
Dica prática: compare TR x IPCA x Poupança no simulador da CAIXA para ver, lado a lado, a evolução estimada das prestações e o CET.
FGTS: quando ajuda a reduzir a prestação
Ainda que o valor seja de R$ 900 mil, você pode — a depender do enquadramento — utilizar o FGTS na entrada, na amortização do saldo ou, inclusive, para abatimento de parte da prestação por período determinado. Em outras palavras, o FGTS funciona como um “turbo” para diminuir juros totais e aliviar o fluxo mensal. Entretanto, o uso precisa respeitar regras (imóvel residencial urbano, limites de avaliação para SFH, titularidade, localização, entre outras).
Em resumo, FGTS bem aplicado diminui a parcela e o custo total do financiamento; por conseguinte, acelera a quitação.
Prazo, entrada e relação prestação/renda
Geralmente, quanto maior o prazo, menor a parcela inicial; por outro lado, mais juros no somatório final. Além disso, uma entrada maior reduz o saldo financiado e, logo, derruba a prestação. Em conformidade com as políticas de crédito, a CAIXA avalia capacidade de pagamento, renda, comprometimento mensal e documentação. Assim que você simula, consegue enxergar o impacto do prazo e da entrada na prestação.
Qual sistema escolher: SAC ou Price?
- SAC: indicado, sobretudo, para quem tolera uma parcela inicial mais alta em troca de redução contínua e economia de juros no total.
- Price: adequado, primordialmente, para quem precisa de previsibilidade e de uma prestação estável; porém, em contrapartida, paga-se mais juros ao longo do tempo.
Portanto, se você espera um aumento de renda nos próximos anos, pode optar por Price; se, ao passo que, prefere aliviar o total de juros, escolha SAC.
Seguro e custos acessórios: por que mudam a sua parcela?
A parcela final inclui seguros obrigatórios (MIP e DFI). Ainda assim, os valores variam conforme idade do proponente, tipo e valor do imóvel, entre outros fatores. Em conclusão, não existe uma “tabela única” aplicável a todos. Logo depois de simular, verifique a discriminação de seguros e tarifas para orçar com realismo.
Passo a passo para simular com precisão (e sem sustos)
- Acesse o Simulador Habitacional da CAIXA e selecione Aquisição de Imóvel.
- Informe valor do imóvel (R$ 900.000), entrada, prazo e renda.
- Compare as linhas (TR, IPCA, Poupança, Prefixada) lado a lado; posteriormente, analise o CET.
- Troque SAC x Price e, por fim, veja o comportamento da prestação.
- Se tiver FGTS, simule com e sem o FGTS; por conseguinte, avalie o ganho na parcela e no total.
E os imóveis CAIXA? Como identificar oportunidades com financiamento pronto
A CAIXA mantém um Portal de Imóveis com compra direta e disputa online. Assim que você encontra o imóvel, o site mostra as condições de pagamento e, conforme o caso, a possibilidade de financiamento com a própria CAIXA. Em suma, o portal permite proposta online, cadastro e o acompanhamento das suas disputas.
Dica: oportunidades de desconto nos imóveis CAIXA, por vezes, compensam a alta de juros. Assim também, a combinação preço abaixo do mercado + financiamento pode equalizar a parcela.
Resumo operacional: quanto fica a parcela de R$ 900 mil?
- Price | 420 meses | 10,99% a.a. (ref.) → ≈ R$ 8.426/mês, sem seguros.
- Price | 420 meses | 10,00% a.a. → ≈ R$ 7.737/mês, sem seguros.
- Price | 420 meses | 11,50% a.a. → ≈ R$ 8.785/mês, sem seguros.
- SAC | 420 meses | 10,99% a.a. → 1ª parcela ≈ R$ 10.385, decrescendo.
- SAC | 420 meses | 11,50% a.a. → 1ª parcela ≈ R$ 10.768, decrescendo.
Portanto, “quanto fica a parcela” não tem um único número; entretanto, você já viu ordens de grandeza realistas para R$ 900 mil. Em seguida, ao somar seguros, espere um acréscimo mensal que varia por perfil; logo, a simulação oficial é indispensável.
Como reduzir a prestação sem dor de cabeça
- Negocie prazo: aumente para reduzir a parcela, mas, por outro lado, reavalie o custo total.
- Ajuste a entrada: com FGTS e recursos próprios, a prestação cai de imediato.
- Escolha o indexador: em certos cenários, TR dá previsibilidade; em outros, Poupança pode ser competitiva; ocasionalmente, IPCA faz sentido.
- Considere SAC: principalmente se você suporta um início mais alto para pagar menos juros no total.
- Revisite seguros: mantenha coberturas dentro do necessário, evitando surpresas.
Conclusão (com plano de ação)
- Primeiro, defina se quer parcela constante (Price) ou decrescente (SAC).
- Depois, escolha o indexador alinhado ao seu apetite de risco.
- Em seguida, rode a simulação oficial incluindo FGTS e diferentes prazos.
- Por fim, compare CETs e avance para a pré-aprovação.
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