Se você chegou até aqui, provavelmente está se perguntando, de forma direta: “quanto fica a parcela de financiamento de 300 mil na Caixa?”
A resposta, embora pareça simples, depende de algumas variáveis fundamentais — taxa de juros, prazo, sistema de amortização (SAC ou Price), modalidade (TR, Poupança CAIXA, CDI), seguros obrigatórios (MIP e DFI) e, às vezes, uso do FGTS. Para facilitar, vamos destrinchar cada ponto, com números e explicações objetivas, até que você tenha faixas realistas de parcela e um roteiro claro para simular seu caso no Simulador Habitacional CAIXA.
Como a Caixa calcula a prestação (e por que a sua parcela varia)
Antes de mais nada, o valor da sua parcela resulta da combinação entre:
- Modalidade do crédito (TR + juros, Poupança CAIXA, CDI, entre outras).
- Prazo total (geralmente entre 240 e 360 meses; em algumas linhas, até 420 meses).
- Sistema de amortização:
- SAC: parcelas decrecentes ao longo do tempo;
- Price: parcelas mais estáveis (PMT constante).
- Seguros obrigatórios: MIP (Morte e Invalidez Permanente) e DFI (Danos Físicos ao Imóvel).
- Entrada e uso do FGTS (na aquisição e/ou para abater prestações).
Em linhas gerais, o SAC começa com parcela inicial mais alta, que vai caindo gradualmente; já o Price mantém previsibilidade no valor mensal, porém tende a custar mais juros no total.
Cenários práticos: “parcela de 300 mil” na Caixa
Para ficar tangível, vamos usar um exemplo base e depois variar algumas condições:
- Valor financiado: R$ 300.000
- Prazo: 360 meses (30 anos)
- Sistemas de amortização: Price (referência) e SAC (comparação da 1ª prestação)
- Taxa de referência (exemplo didático): TR + 10,99% a.a.
Observação importante: a TR tem oscilado próxima de 0% a.a., mas pode variar; com isso, a parcela e o saldo devedor podem sofrer pequenas variações ao longo do tempo.
1) Exemplo com Price (parcela mais estável)
- Taxa anual: 10,99% a.a. (efetiva)
- Taxa mensal equivalente: ~ 0,8727% a.m.
- Prazo: 360 meses
- Parcela (somente principal + juros, sem seguros): ~ R$ 2.738,03
Se a taxa efetiva fosse 12% a.a., a parcela mensal (sem seguros) ficaria em torno de R$ 2.945. Além disso, prazos maiores tendem a reduzir a parcela (mas aumentam o custo total), enquanto prazos menores fazem o oposto.
2) Exemplo com SAC (parcela inicial maior e decrescente)
- Amortização mensal constante: R$ 300.000 / 360 = R$ 833,33
- Juro do 1º mês: 0,8727% de 300.000 = R$ 2.618,11
- 1ª parcela SAC (sem seguros): ~ R$ 3.451,44
- Depois: as parcelas vão caindo gradualmente, pois o saldo diminui mês a mês.
Qual escolher? Em síntese, Price dá previsibilidade e entrada “mais leve” na parcela; SAC custa menos juros no total e fica mais confortável ao longo do tempo.
E os seguros obrigatórios (MIP e DFI), entram onde?
No crédito habitacional, a Caixa exige os seguros MIP e DFI. Em geral, o custo varia conforme idade, valor do imóvel/financiado e prazo. Como regra prática, o MIP tende a ser maior para mutuários mais velhos e cai conforme a dívida se reduz; o DFI costuma ser mais baixo e estável. Por isso, inclua sempre esses valores na simulação, porque eles alteram a parcela final.
Qual faixa de parcela esperar para R$ 300 mil?
Embora cada aprovação de crédito seja individual, é razoável trabalhar com uma faixa-guia para um financiamento de R$ 300.000 em 360 meses:
- Price – sem seguros: ~ R$ 2.740 a R$ 2.950 (conforme taxa efetiva).
- SAC – 1ª parcela sem seguros: ~ R$ 3.430 a R$ 3.550 (depois, cai gradualmente).
Ao incluir seguros, é comum ver a prestação subir moderadamente no início (dezenas a poucas centenas de reais, variando conforme a idade e parâmetros da apólice). Além disso, se você optar por Poupança CAIXA (taxa híbrida) ou CDI (pós-fixada), a base de cálculo dos juros muda e a prestação pode oscilar com o tempo. Portanto, compare o CET (Custo Efetivo Total) sempre com seguros.
FGTS: como reduzir entrada e prestação
Em muitas operações, o FGTS pode ser usado na compra (para aumentar a entrada, reduzindo o valor financiado) ou para pagar parte da prestação por determinado período. Em síntese:
- Na aquisição: o FGTS diminui o principal (logo, reduz prestação e juros totais).
- No pagamento de parte da prestação: você pode abater até 80% da prestação mensal por até 12 meses seguidos, desde que atenda às regras vigentes. Depois, é possível renovar a solicitação, se continuar elegível.
Exemplo prático com FGTS para abater a prestação
Suponha a parcela Price (sem seguros) de R$ 2.738,03. Se você estiver habilitado a abater 80% com FGTS por 12 meses, pagará apenas 20% da prestação nesse período:
- 20% de R$ 2.738,03 ≈ R$ 547,61 por mês (nos 12 meses do abatimento).
- Alívio de caixa mensal: ~ R$ 2.190,42.
Observe: o abatimento não “perdoa” juros; ele substitui seu pagamento com recursos do FGTS. Ainda assim, é uma excelente estratégia para organizar o fluxo de caixa no início do financiamento.
Exemplo prático com FGTS de entrada
Agora, imagine usar R$ 50.000 de FGTS na entrada, reduzindo o financiamento de R$ 300.000 para R$ 250.000. Mantidas taxa e prazo, a parcela cai aproximadamente na mesma proporção do principal. Assim, a PMT pode descer da faixa de R$ 2.740–2.950 para algo próximo de R$ 2.280–2.460 (sem seguros), o que melhora o encaixe no orçamento e reduz o custo total ao longo dos anos.
Prazos: 240, 360 ou 420 meses?
Em termos práticos, prazos maiores reduzem a parcela, porém aumentam os juros totais pagos. Prazos menores têm parcela mais alta, mas barateiam o custo total. Em diversas linhas da Caixa, o prazo pode chegar a 420 meses; no entanto, isso nem sempre é a melhor escolha sob a ótica de juros acumulados. Logo, o ideal é simular três cenários (por exemplo, 240, 360 e 420 meses), comparar o CET e, então, equilibrar parcela × custo total × horizonte de vida.
Qual modalidade da Caixa costuma valer mais a pena?
Depende do seu perfil e do momento macroeconômico:
- TR + juros (SBPE/SFH): modalidade clássica, com saldo corrigido pela TR. Em cenários de TR baixa, oferece boa previsibilidade.
- Poupança CAIXA: a taxa varia com a remuneração da poupança (ligada à SELIC). Em ciclos de SELIC baixa, pode ser competitiva; em alta, encarece.
- CDI (pós-fixada): flutua com a política monetária; quando o juro cai, tende a baratear ao longo do tempo e, no cenário oposto, encarece.
Assim sendo, peça cotações em mais de uma linha e compare o CET com seguros para decidir de forma consistente.
SAC x Price: quando cada um faz mais sentido?
Escolha Price quando:
- você prefere previsibilidade e parcela constante;
- você precisa de um começo mais leve no orçamento;
- você pretende mudar de imóvel ou amortizar em breve, aceitando mais juros no total.
Escolha SAC quando:
- você quer reduzir o custo total de juros;
- você consegue suportar a parcela inicial mais alta;
- você planeja longo prazo, com parcelas decrescentes que ficam mais folgadas com o tempo.
Custos acessórios e detalhes que muita gente esquece
Para evitar surpresas, considere também:
- Seguros (MIP/DFI): fazem diferença na parcela.
- Taxas cartorárias e ITBI: não entram na parcela, mas afetam o orçamento total da compra.
- Avaliação do imóvel e eventuais serviços: verifique quem paga e quanto.
- Regras vigentes: mudanças de mercado e normativas podem alterar prazos e percentuais financiáveis. Acompanhe canais oficiais.
Passo a passo para descobrir a sua parcela de 300 mil, sem erro
- Defina a meta: qual é seu teto de parcela confortável?
- Escolha o sistema (SAC ou Price), o prazo (240/360/420) e a modalidade (TR, Poupança, CDI).
- Simule no Simulador Habitacional CAIXA com e sem seguros; depois, altere prazos e modalidades para comparar.
- Inclua o FGTS (na entrada e/ou para abater até 80% das prestações por 12 meses, se elegível).
- Compare propostas pelo CET — sempre equalizando seguros e prazos.
- Verifique a elegibilidade (regras do FGTS, SFH/SFI, limites, enquadramentos).
- Planeje amortizações futuras (FGTS periódico, 13º, bônus) para encurtar prazo ou reduzir parcela.
- Conte com um especialista para analisar riscos, prazos e ajustar a operação ao seu fluxo de caixa.
Tabela-resumo: R$ 300 mil (exemplos comparativos)
Cenários ilustrativos (juros referenciais; sem seguros; para comparação didática):
| Cenário | Sistema | Prazo | Juros (ref.) | Parcela inicial/PMT |
|---|---|---|---|---|
| A | Price | 360 | 10,99% a.a. (TR) | ~ R$ 2.738,03 |
| B | Price | 360 | 12,00% a.a. (TR) | ~ R$ 2.945,00 |
| C | SAC | 360 | 10,99% a.a. (TR) | ~ R$ 3.451,44 (1ª) |
| D | Price | 420 | 10,99% a.a. (TR) | PMT menor que no 360 |
| E | Price | 360 | Poupança CAIXA | varia com SELIC |
| F | Price | 360 | CDI (pós) | varia com CDI |
Nota: com FGTS abatendo 80% por 12 meses, a prestação de R$ 2.738,03 cairia temporariamente para ~ R$ 547,61/mês nesse período. Depois, retorna ao valor padrão (salvo nova solicitação dentro das regras).
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Então, quanto fica a parcela de 300 mil na Caixa?
Em termos práticos, para R$ 300.000 financiados em 360 meses, espere algo em torno de:
- R$ 2.740 a R$ 2.950 (Price, sem seguros), variando conforme taxa e modalidade;
- ~ R$ 3.450 na primeira parcela do SAC (depois, decresce).
Com seguros, a parcela sobe moderadamente. Com FGTS, você consegue reduzir a entrada (diminuindo a parcela) e/ou abater até 80% da prestação por 12 meses — o que facilita muito o começo da jornada. Portanto, o melhor caminho é simular oficialmente e ajustar a operação ao seu fluxo de caixa e horizonte de vida.
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