Se você quer entender quanto fica a parcela financiando R$ 600 mil na CAIXA, este guia foi feito para você. Antes de tudo, vale dizer que os valores dependem do seu perfil, das taxas do dia e do sistema de amortização escolhido. Ainda assim, dá para estimar faixas realistas e, sobretudo, aprender como reduzir o valor mensal.

O que compõe a parcela, afinal?

Em síntese, a prestação mensal combina: amortização + juros + seguros (MIP/DFI). Além disso, existem custos acessórios (ITBI, registro e cartório) que não entram na parcela, mas afetam o custo total do projeto. Desse modo, quando você comparar propostas, não se esqueça de olhar o CET (Custo Efetivo Total); assim, a decisão fica mais precisa.

SAC x Price: qual escolher?

De um lado, o SAC tem amortização constante, portanto a parcela começa maior e cai mês a mês; consequentemente, o total de juros pago costuma ser menor. De outro lado, a Tabela Price mantém parcelas fixas, o que traz previsibilidade; no entanto, o custo total tende a ser um pouco maior. Em outras palavras, SAC prioriza economia ao longo do tempo; Price, conforto mensal imediato.

TR, Poupança+ ou IPCA?

Via de regra, os financiamentos CAIXA podem ser atrelados à TR, à Poupança+ ou ao IPCA.

  • TR: tem sido estável por longos períodos; por isso, oferece previsibilidade do indexador.
  • Poupança+: varia com a remuneração da poupança; logo, reage à Selic.
  • IPCA: acompanha a inflação; portanto, pode subir mais em cenários inflacionários e aliviar quando a inflação cai.
    Resumindo, se você quer estabilidade, a TR tende a ser mais tranquila; por outro lado, se você aceita oscilação em troca de possível economia, Poupança+ e IPCA entram no radar.

Simulações práticas (2025): R$ 600 mil em 360 meses

Para efeito didático, considere três taxas anuais usuais no mercado: 10,0%, 11,5% e 12,0% a.a.. A partir disso, chegamos aos valores sem seguros, apenas para enxergar a ordem de grandeza.

Tabela Price (parcela constante)

  • 10,0% a.a.~R$ 5.075/mês.
  • 11,5% a.a.~R$ 5.684/mês.
  • 12,0% a.a.~R$ 5.890/mês.

Assim, quem precisa de previsibilidade já entende o patamar.

SAC (parcela decrescente) — 1ª prestação

  • 10,0% a.a.~R$ 6.451 (depois cai).
  • 11,5% a.a.~R$ 7.134 (depois cai).
  • 12,0% a.a.~R$ 7.360 (depois cai).

Portanto, o SAC começa mais pesado, entretanto, alivia mês a mês.

E se eu der 20% de entrada?

Suponha um imóvel de R$ 750 mil com R$ 150 mil de entrada e R$ 600 mil financiados; alternativamente, pense em R$ 600 mil de financiamento com 20% de entrada sobre o valor total do imóvel. Em ambos os casos, quanto maior a entrada, menor a parcela. Por exemplo, com R$ 480 mil financiados (80% do valor), na Price a 11,5% a.a., a parcela cairia para ~R$ 4.548/mês. Logo, a entrada é um fator decisivo.

Seguros na prática (MIP + DFI)

Além do principal e dos juros, a CAIXA inclui na parcela o Seguro Habitacional: MIP (morte e invalidez permanente) e DFI (danos físicos ao imóvel). Por consequência, a parcela final será um pouco maior do que nas simulações puras. Adicionalmente, esses valores mudam conforme idade, valor do imóvel e coberturas; por isso, é imprescindível simular oficialmente.

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FGTS: como reduzir a parcela

Felizmente, o FGTS pode entrar em três frentes: entrada, amortização e pagamento de parte da prestação por períodos elegíveis. Dessa forma, você consegue encurtar o prazo ou baixar a parcela em momentos estratégicos. Ainda por cima, é possível repetir amortizações ao longo do contrato; assim, você mantém a prestação sob controle.

Passo a passo para chegar ao seu número

  1. Defina a base financiada (com ou sem FGTS). Quanto menor o valor financiado, tanto menor a parcela.
  2. Escolha o sistema (SAC ou Price). Se você tolera parcela inicial mais alta, SAC tende a economizar juros; caso contrário, Price ajuda no fluxo mensal.
  3. Selecione o indexador (TR, Poupança+ ou IPCA). Nesse sentido, alinhe a escolha ao seu apetite a variação.
  4. Simule oficialmente no Simulador Habitacional CAIXA. Somente assim, você verá taxa, seguros e CET do seu cadastro.
  5. Monte um plano de amortizações com FGTS. Com isso, você antecipa principal e reduz encargos.

Quanto “vai ficar” para perfis típicos?

  • Perfil 1 — Previsibilidade acima de tudo (Price + TR): ~R$ 5,1 mil a ~R$ 5,9 mil/mês para R$ 600 mil/30 anos. Mesmo assim, lembre-se de incluir seguros.
  • Perfil 2 — Economia total (SAC + TR): 1ª prestação ~R$ 6,4 mil a ~R$ 7,4 mil, depois cai. Consequentemente, o custo total tende a ser menor.
  • Perfil 3 — Tolerância a oscilação (Poupança+ ou IPCA): Ora a parcela pressiona, ora alivia; portanto, revise sua simulação periodicamente.

7 movimentos para baixar a parcela

  1. Aumente a entrada (15% → 20% → 30%); assim, diminui a base.
  2. Use FGTS na entrada e em amortizações recorrentes; desse modo, você reduz juros.
  3. Prefira SAC se a meta for pagar menos juros; contudo, prepare-se para o início.
  4. Fortaleça relacionamento com o banco; eventualmente, a taxa melhora.
  5. Compare indexadores conforme Selic e inflação; logo, escolha o mais coerente com o cenário.
  6. Pague dívidas caras antes da análise; assim, o score tende a subir.
  7. Revisite a simulação quando o macro mudar; afinal, o crédito é dinâmico.

Conclusão

Em conclusão, para R$ 600 mil em 360 meses, espere algo entre ~R$ 5,1 mil e ~R$ 5,9 mil/mês na Price, enquanto o SAC começa entre ~R$ 6,4 mil e ~R$ 7,4 mil e cai gradualmente. Ainda que esses números sejam bons referenciais, a sua parcela real depende da taxa individual, dos seguros e da entrada. Portanto, simule oficialmente e estruture seu plano com FGTS e amortizações para otimizar o resultado.


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By Léo Shelter

Especialista em leilões da Caixa, crédito imobiliário e investimento em imóveis com alto potencial. Compartilho estratégias práticas e conteúdos atualizados para quem quer comprar melhor e lucrar mais no mercado imobiliário. Atuante no setor, com experiência em financiamento, construção e oportunidades no interior paulista.

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